No coração pulsante da Terra, algo extraordinário está acontecendo: o núcleo sólido interno, uma esfera de ferro e níquel a milhares de quilômetros sob nossos pés, parece ter mudado de forma nas últimas duas décadas. Essa descoberta surpreendente, liderada por John Vidale da Universidade do Sul da Califórnia, sugere que o núcleo interno não apenas gira em seu próprio ritmo – acelerando e desacelerando em relação ao resto do planeta –, mas também está sendo literalmente moldado por forças invisíveis. Essas mudanças sutis podem até influenciar a duração dos nossos dias, conectando o interior profundo da Terra à superfície que habitamos.
Para chegar a essa conclusão, os cientistas analisaram ondas sísmicas geradas por 128 terremotos na costa da América do Sul, registrados entre 1991 e 2023 por instrumentos sensíveis no Alasca. Eles compararam 168 pares de ondas que atravessaram ou passaram perto do núcleo interno em anos diferentes. O resultado foi revelador: enquanto as ondas que não tocaram o núcleo mantiveram padrões consistentes, indicando estabilidade nas camadas externas, aquelas que cruzaram o núcleo interno mostraram discrepâncias marcantes. “Isso vai além de simples variações na rotação; algo na estrutura do núcleo mudou”, explica Vidale.
O que está causando essa transformação? A principal suspeita recai sobre as forças magnéticas geradas pela convecção no núcleo externo líquido – uma região turbulenta que “torce” o núcleo sólido, como se fosse uma dança cósmica entre camadas do planeta. Outras possibilidades incluem interações com o manto inferior, a camada entre o núcleo e a crosta, ou até erupções de material derretido escapando do núcleo interno. Publicado na Nature Geoscience, o estudo é um marco para entender a dinâmica terrestre, mas ainda há mistérios: “É difícil distinguir a causa exata”, admite Vidale.
Hrvoje Tkalčić, da Universidade Nacional Australiana, celebra o avanço, mas sugere que mais medições sísmicas – especialmente em locais remotos, como o fundo dos oceanos – são cruciais para confirmar se é mesmo uma mudança de forma ou outro fenômeno interno. “Compreender a evolução do núcleo da Terra é essencial para decifrar desde a formação do planeta até o presente”, destaca. Quer mergulhar nesse fascinante segredo geológico e descobrir como o interior da Terra continua a nos surpreender? Essa é uma janela para o passado e o futuro do nosso mundo!

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