É comum ouvirmos que a seletividade alimentar é apenas uma fase da infância, que com o tempo a criança passa a aceitar novos sabores e texturas. Mas será que essa afirmação é sempre verdadeira? A seletividade alimentar pode ser um sinal de algo mais sério? Neste post, vamos desmistificar esse assunto e te ajudar a entender quando é hora de procurar ajuda profissional.
O que é seletividade alimentar?
A seletividade alimentar é um comportamento caracterizado pela rejeição de uma variedade de alimentos, muitas vezes devido à textura, sabor, cheiro ou aparência. É importante diferenciar a fase exploratória, em que a criança demonstra curiosidade por novos alimentos, da seletividade alimentar persistente, que pode afetar o desenvolvimento e a saúde da criança.
É normal a criança ser seletiva com a comida?
É natural que as crianças tenham preferências alimentares e passem por fases de neofobia (medo de alimentos novos). No entanto, quando a seletividade se torna um padrão, limitando significativamente a variedade de alimentos consumidos e impactando a saúde da criança, é preciso se preocupar.
Quando procurar ajuda?
Se seu filho apresenta os seguintes sinais, é importante buscar orientação de um pediatra ou nutricionista:
- Rejeição a um grande número de alimentos: A criança se alimenta de apenas alguns tipos de alimentos, restringindo sua dieta.
- Dificuldade para ganhar peso: A seletividade alimentar pode levar à perda de peso ou ao ganho de peso insuficiente.
- Problemas de crescimento: A falta de nutrientes pode afetar o desenvolvimento físico e cognitivo da criança.
- Ansiedade e estresse relacionados à alimentação: A criança pode apresentar comportamentos como choro, birra ou até mesmo vômito na hora das refeições.
- Isolamento social: A seletividade alimentar pode levar a criança a evitar situações sociais envolvendo comida, como festas de aniversário ou refeições em família.
Quais os riscos da seletividade alimentar?
A seletividade alimentar não tratada pode levar a:

Deficiências nutricionais: A falta de variedade alimentar pode levar à deficiência de vitaminas, minerais e outros nutrientes essenciais para o crescimento e desenvolvimento da criança.
Problemas de saúde: A má nutrição pode aumentar o risco de doenças como anemia, raquitismo e obesidade.
Dificuldades de aprendizado: A falta de nutrientes pode afetar o desenvolvimento cognitivo da criança.
Problemas emocionais: A seletividade alimentar pode gerar ansiedade, frustração e baixa autoestima na criança.
Como lidar com a seletividade alimentar?
O tratamento da seletividade alimentar envolve uma abordagem multidisciplinar, com a participação de pediatras, nutricionistas e, em alguns casos, psicólogos. Algumas estratégias que podem ajudar incluem:
- Criar um ambiente tranquilo e agradável durante as refeições: Evite distrações, como televisão ou celular, e ofereça à criança um lugar confortável para se alimentar.
- Oferecer variedade de alimentos: Apresente novos alimentos de forma gradual e divertida, envolvendo a criança no preparo das refeições.
- Ser paciente e persistente: A mudança de hábitos alimentares leva tempo. Mantenha a calma e ofereça novos alimentos repetidamente.
- Evitar o uso de alimentos como recompensa ou punição: Isso pode criar uma relação emocional negativa com a comida.
- Buscar ajuda profissional: Um profissional qualificado poderá avaliar a causa da seletividade alimentar e indicar o tratamento mais adequado.
Conclusão
A seletividade alimentar pode ser um desafio para pais e cuidadores, mas com as estratégias corretas e o acompanhamento profissional, é possível ajudar a criança a desenvolver hábitos alimentares mais saudáveis e variados. Lembre-se, cada criança é única e o tratamento deve ser individualizado.
Lembre-se: Este artigo tem caráter informativo e não substitui a consulta a um profissional de saúde.

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